Ajuda da Arruda

11:49 by Bruno Godinho

Mesmo que a chuva caia,


que a sorte saia

e que perca a laia

quando a torcida vaia.



Até se a alma morta,

na estrada torta

a alegria aborta

e a saúde corta.



E se a paixão esquece,

se o encosto desce,

o câncer cresce

e a felicidade cesse.



Saiba que o mundo gira,

a mesa vira,

a urucubaca tira

e o amor vence a ira.



Então o tempo melhora,

o azar vai embora,

e você comemora

porque é Deus quem faz a hora.

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Ma(i)s

07:44 by Bruno Godinho

Mais que idéias, tenha ideais.
Mais que dinheiro, tenha valores.
Mais que ego, tenha ética.
Mais que ver os fatos, reveja seus atos.

E quando pensar que ninguém mais tem isso, acredite, tem um mundo inteiro querendo sempre mais.
E quando esbarrar num obstáculo, desfaça o "mas..." e faça sempre "mais".
Porque tudo que se faz é pouco quando o que se faz é o bem.





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Frases ditas. Perdidas.

17:30 by Bruno Godinho

I


Ela tem o dom da onipresença. Consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo: no meu coração e nos meus pensamentos.




Quem é ela? | A pessoa que você sempre sonhou | Mas no meu sonho ela está comigo e aqui não... | É que no seu sonho ela existe.




À dois. Há dor. Adios.









Sorte no jogo, azar no amor. Se é assim, por que insistir em amar?





Sou muito bom no que faço. Só que o que eu faço é muito, muito ruim





Não faço questão de ser o primeiro. Só quero ser o último











II

Eu posso até te esquecer, só não posso me esquecer.





Os valores da sua conta bancária podem comprar tudo, menos os valores que vem de berço





Não é o homem que faz seu caminho. É o caminho que faz o homem.






Livre-se do preconceito e melhore comigo o seu conceito.







Tudo que é bom é velho.Tudo que é velho é ultrapassado. Tudo que ficou ultrapassado é retrô. Tudo que é retrô é bom








Sou vários em um só. Um para cada situação, um para cada momento, um para cada pessoa, e mesmo assim sou único.






Quem nasceu Macunaíma nunca será Dom Quixote.













Nada mais essencial que algo supérfluo.








III

Nasce mais um dia com poder suficiente para mudar uma vida inteira. Quem sabe pode ser a sua





Só ganha quem joga. Só acerta quem tenta. Só vive quem faz.





Ria comigo ou ria de mim. Só ria. Sorria.





Lutar e vencer. Ganhar sem se perder.





Digite "Amor" no Google e clique em "Estou com sorte". Se aparecer a minha foto eu te dou uma chance





IV

Frases feitas. Perfeitas.
Frases ditas. Perdidas.
Frases não ditas. Malditas.

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Rebelião íntima

04:57 by Bruno Godinho

Me rebelo e revelo quem realmente sou.
Velo os restos de quem um dia fui.
Relevo qualquer mágoa do passado.
Celo um contrato com o futuro.
Um elo entre quem era, quem sou e quem jamais serei.
Só assim estarei livre pra ser quem quiser.
Do belo ao fera.
Por mim ou para ela.

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Faça humor, não faça guerra

09:17 by Bruno Godinho

Não sou humorista, mas tenho um senso de humor apurado e acompanho os programas de comédia desde sempre e por isso mesmo não entendo as críticas ao caso Rafinha Bastos.

Nos Trapalhões, o Didi vivia chamando o Mussum de Tizil e fazendo piadas racistas. Também insinuava que o Dedé era gay. O Costinha era mestre nas piadinhas de “bichas” e o Chico Anysio, entre outras, fazia uma velha cujo bordão era “Um boquete e um copo d’água não se nega a ninguém”. O Sérgio Mallandro humilhava as crianças naquela Porta dos Desesperados e o Ary Toledo soltava sempre piadas de Joãozinho em que o personagem comia a amiguinha e a professora, ou o pai comia a empregada... Ainda posso passar o dia citando as tortas na cara, as pegadinhas e coisas do gênero.

Enfim, o politicamente incorreto sempre esteve impregnado em nosso humor. Por que isso causa alarde agora?! Fomos criados na época em que isso era normal e nada era considerado “bullying” . Mesmo assim, pasmem, todos nós sobrevivemos.

E outra, trata-se de uma situação visivelmente caricata, em momento algum fazendo menção à pedofilia ou algo do tipo. Como disse antes, é humor negro e pronto (no caso do Mussum, literalmente).

Pior que criticar o humor negro é só não ver cor nenhuma no humor. E vou além, temos coisas mais importantes pra preocupar, como a criação/aumento de impostos, o coronelismo do Sarney e outras piadas de mal gosto da nossa política.

Leia mais sobre isso no: http://leituratoa.blogspot.com/2011/05/no-twitter-em-busca-da-piada-perfeita.html

E acompanhe mais piadas (inclusive de humor negro afrodescendente) no meu Twitter: @tibrao

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Carência 3.0

09:28 by Bruno Godinho



Podem chamar de Era de Aquários, novos tempos ou do que quiserem. Eu chamo de Carência 3.0 e ponto. Me refiro pura e simplesmente à “necessidade” de compartilhar tudo. Antes da inclusão digital, isso estava restrito apenas aos cabeleireiros, às fofoqueiras e aos desempregados, mas agora esta aí nas redes sociais pra quem quiser ver. A pergunta é: e quem quer ver?

Onde você está ou que você está pensando, fazendo, fotografando, trabalhando e sonhando não interessa a mais que meia dúzia de pessoas e olhe lá. Mesmo assim cada vez aumenta o número de fotos de pratos de comida, frases feitas e visitas a lugares comuns publicados na rede. Ah, vai ver se eu fiz check in lá na esquina.

Sou do tempo em que arroba era unidade de medida de gado e não de besteirol e que cutucada era uma coisa muito mais interessante, se é que vocês me entendem. Se sou contra as redes sociais? Muito pelo contrário. Sou um hard user de todas. Tenho mais redes sociais que amigos, mais fotos que poses e mais frases que conteúdo. Acredito também no enorme poder que esses veículos tem em dar voz pra quem antes não a tinha. Só não aprovo os motivos que levam os usuários a soltar a voz. É válido lembrar que a internet é o meio e não o fim. Se for pra compartilhar algo, que o faça com alguém (que até pode estar na internet), mas nunca só com a internet. Isso é o mesmo que colocar uma carta dentro da garrafa e atirá-la ao mar. O máximo que você vai conseguir é gerar lixo.

Muito mais que trocar experiência, os usuários buscam somente falar de si. Não importa o quê e não interessa pra quem. Falam o que pensam, o que sentem, o que fazem e pronto, como se a rede fosse um confessionário ou um divã. É tanta geração Y, X e Z que me dá saudade mesmo da geração DDT. Aquela que, às dezoito horas via sua casa infestada de insetos sanguessugas e ia dedetizar o ambiente, obrigando os moradores humanos a esperar do lado de fora o efeito nocivo do veneno passar. Eram bons tempos, em que todos os vizinhos sentados à frente de suas casas perguntavam olhando nos olhos uns dos outros: Como você está? O que está acontecendo? No que você está pensando agora?

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Por um mundo, mude.

19:35 by Bruno Godinho

Por um mundo com menos Faces e mais Books.
Com menos Judas e mais ajuda.

Por um mundo mais simpático, menos apático
onde reine a imaginação e impere a ação.


Por dias ainda mais supers e noites muito menos superficiais
com menos redes e mais relacionamentos.



Por um mundo menos imundo, menos mudo.
Se quer um mundo melhor, melhore você.

Por um mundo, mude.

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Nissan no páreo

09:32 by Bruno Godinho



Aplaudida pelo público, aclamada pela crítica e invejada por publicitários, a campanha “Pôneis Malditos” da Nissan realmente deu o que falar e se tornou um case de sucesso da marca. Isso todo mundo já sabe, mas juntamente com o buzz gerado,veio a tona uma outra discussão: até que ponto o filme comunica com seu público-alvo e, mais do que isso, ele conseguiu cumprir o papel de uma propaganda de varejo que é, obviamente, vender? A resposta veio à galope.



Bastante citada no 18º Festival Internacional de Publicidade de Gramado, a campanha foi relacionada a um sucesso também em vendas, fato comprovado pela última revista Veja . Na revista Meio & Mensagem desta semana, a Nissan vigora pela primeira vez como dona de uma das propagandas mais lembradas do mês de julho ao lado de anunciantes que tem muito mais recursos , como a Casas Bahia, Skol e Coca-Cola.


O fato é que uma campanha criativa, com alto poder de viralização, humor inteligente, música marcante (pra não dizer chiclete) e que utiliza elementos que proporcionam um maior engajamento do público-alvo além de fazer muito barulho, dá resultado. Mesmo assim, ainda tem muita agência e anunciante por aí com “nojinho” de inovar e ficam pastando.

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Esse ésse

05:21 by Bruno Godinho

Sou do sol.
Sou do Soul.
Sou do sul
e se só,
solteiro,
sou seu.

 S (; named ess ; es - when part of compound word, plural esses )

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Coisas do Sul

05:14 by Bruno Godinho

Onde, das mulheres, os olhares marcantes
alternam entre verdes e azuis.
E com vestes tão elegantes
a enorme beleza reluz.

O sotaque parece um canto,
um encanto que se torna cool.
A expressão "Ba", usada tanto,
E o “você” não substitui o “tu”.

No céu sempre azulado
as andorinhas passeiam e não se vê urubus.
Mesmo com o clima denso e gelado
o Brinco-de-Princesa à fama faz jus.

O frio passa com um mate amargo
e o chocolate quente seduz.
Lá a picanha tem fino trato,
os bifes suculentos, quase crus.

A educação, primorosa,
faz outros estados se sentirem nus.
Uma cultura gloriosa
que faz da escuridão brotar a luz.

Onde o Europeu se sente em casa 
e o Americano diz I Love You.
Ande, brasileiro que por aqui passa. 
Viva no Rio Grande do Sul.


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Alienação

20:06 by Bruno Godinho

Enquanto o mundo gira, sua cama roda em mais uma noite de embriaguez.
Aí o mundo gira e gira enquanto você está restrito ao universo da sua cama. E você roda.

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Sono inquieto, despertar inquietante

14:08 by Bruno Godinho


Exausto, atirou os sapatos para um lado, o paletó para outro, afrouxou a gravata e se jogou contra o travesseiro. Durante a queda livre que antecedia seu contato com a cama já adormecera. E sonhara.

No sonho, estava de camisa de mangas curtas, calça de sarja e sapatênis. Chegava em casa cansado, atirava o calçado para um lado, desabotoava a camisa e se jogava contra o travesseiro. De tão cansado, antes mesmo de seu corpo tocar o lençol ele dormiu, roncou e até sonhou.

Neste sonho, chegava de camiseta e bermuda em casa. Chutava a sandália de dedo para um lado e se jogava na cama. Antes de triscar no colchão ele pensou: por que sonhamos com uma vida melhor se passamos a vida inteira dormindo?

Aí ele acordou feliz no último sonho e satisfeito no penúltimo. Ao despertar de verdade, percebeu enfim que estava apenas dormindo. Desiludido, voltou a deitar à espera de mais uma fantasia boa e dormiu sem nem lembrar a questão que o fizera acordar.

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InsuportavelMENTE

15:20 by Bruno Godinho


Insuportavelmente, mente que nem sente.
Sente que sua mente não suporta. Sente.
Insuportável é a mente que na falta de suporte mente.
Mente, sente, senta.
De tão insuportável, a mente não agüenta.
Lamentavelmente.

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O auditório

07:43 by Bruno Godinho

Ao adentrar o auditório
Entro sorrateiro
Piso miudinho, pé maneiro
para não interromper o oratório.

A platéia alvoroçada vibra,
bate palma e até chora.
Sem se importar, despede-se e vai embora.
Deixando o peso de uma libra.

No canto, acompanho tudo sozinho.
Arrumo a bagunça.
Cuido com carinho.

Faço tudo pra ficar aqui, mas parece em vão.
Eu disse auditório?
Desculpe, quis dizer seu coração.

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A cidade cinza

10:42 by Bruno Godinho

- No meu tempo era bem diferente
- Diferente como?
- Ah, diferente diferenciado. Doutro jeito.
- De que jeito, vô?
- Só tinha sete cor. As cor do arco-íris. Era uma belezura quando chovia e fazia sol. Uma beleza que Deus fez. Aí o homi não contente fez logo um monte de cor nova pra pintar retrato.
- Pra pintar retrato?
- É, acho que foi aquele Leonardo da Vinte ou algum cumpanheiro dele. Foi misturando cor com cor pra fazê suas pintura e acabô inventando um monte de coloridos novo.
- Mas isso é bom, não é?
- Ah, tava tudo até bunito. Tinha as cor que Deus fez, as cor que o homi fez, mas não parou aí. Veio a cor da máquina.
- Que máquina?!
- Uai, essas que você fica fuçando. Quando esse tal de computador começou a mostrar as asinhas foi um Deus nos acuda. Aí já era cor pra tudo quanto é lado. Dava pra encher uns três curral desse com cor e ainda não cabia tudo. Ô lezêra!
- E tudo ficou mais bonito, né?
- Ficô foi nada, menino. Aí bagunçô de vez. E piorou quando a ciência fez até cor invisível.
- Como assim, vô?
- É um tal de infravermeio, ultravioleta, raio-x, gama, fama, lama... e o diabo a quatro. É um monte de cor colorida, mas que ninguém vê. Vê se pode? Ai ai... fico macambúzio.
- O senhor fica macambúzio com as cores de Deus, do homem, da máquina ou da ciência?
- Nem um, nem outro. Tava aqui pensando: com tanta cor nesse mundão muderno aí à fora, ninguém ainda conseguiu tirar a cor cinza e triste de Sum Paulo.

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O Iluminado

10:44 by Bruno Godinho

Acordava à luz da lua

Dormia à luz do dia

Vivia à luz neon

Respirava à luz negra

Desconhecia a luz própria

Fugia da luz de Voltaire

Sentia fria a luz da lareira

Idolatrava a luz do ouro

Desejava a luz do flash
Desconfiava da luz divina



Em meio a tanta luz, seus olhos se ofuscaram e já não se via mais nada. 
Sem enxergar o caminho, refugiou-se na escuridão. 
Agora, já não há mais luz.

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Tourada

12:38 by Bruno Godinho

O toureiro e o touro são um só ser que trava uma infinita luta interna.

Um balé sangrento e voraz, onde o bem e o mal, o certo e o errado, o forte e o fraco digladiam pela glória num Coliseu lotado.

Uma batalha em que o principal risco não está no chifre ou na espada. O perigo está na platéia.

Olé.

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A maldição do tesouro real

04:28 by Bruno Godinho

Frederico sempre foi um cara pacato, tranqüilo. Nunca ofendeu ninguém, nunca magoou ninguém. Um dia se apaixonou por Bianca, uma loira linda, com curvas salientes e pose de princesa. Pra ele foi paixão à primeira vista. Pra ela, a prazo. Em trinta, sessenta e noventa.

Enquanto o rapaz galanteava a moça com mimos e presentes, ela pouco queria saber dele. Era “só mais um” , dizia Bianca.

Aos poucos a insistência de Fred foi se intensificando. A paixão platônica se transformou em declaração de amor. A declaração, em vício. Vício?! Sim, e quem disse que o amor não vicia?

Diante de tanto amor não correspondido, Fred encorpou os mimos e incrementou os presentes. As flores se tornaram jóias. As cartas viraram cartões de crédito. A carona, carro.

Dia após dia, ela foi olhando com outros olhos para moço. E o promoveu de um qualquer a um príncipe.

E como em toda história de príncipe e princesa eles se beijaram, namoraram, casaram, tiveram filhos e viveram felizes para sempre. Bem, felizes pelo menos enquanto estavam acordados, pois ao colocar a cabeça no travesseiro, Fred não parava de se questionar se Bianca estaria com ele apenas pelo dinheiro. E ao deitar, Bianca chorava escondida se perguntando se apaixonara pelo homem ou pelo que ele proporcionava.

E foi assim, noite após noite até que a morte separou em carne o que já estava afastado em alma. Fred e Bianca se foram, mas seus bens ainda estão por ai fazendo muitos outros casais felizes. Pelo menos durante o dia.


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Homem de Negócio

04:10 by Bruno Godinho



O homem de negócio nega o ócio
Nega o cio
Nêgo nega até a nêga no cio

Não é à toa que negócio, tem início com "ego".
E com ele não dá pra negociar.
Um bom negócio? Sei não.

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Ridículo, com prazer.

10:21 by Bruno Godinho

A única coisa que posso garantir para vocês, caros leitores, é que tento ao máximo ser ridículo. Sim, ridículo a ponto de fazer o que gosto, de dizer o que penso e de pensar o que quero, mas dessa vez vou abrir uma exceção e ser mais criterioso nesta resposta, já que o autor do texto a que me refiro abaixo não foi.

Recentemente, foi publicado no blogols um texto sobre “A arte de ser ridículo” cujo objetivo principal era criticar o Flamengo, os flamenguistas e quaisquer outros simpatizantes ao time rubro-negro do Rio. Até aí, tudo bem. Toda crítica é bem aceita, todo comentário (positivo ou não) é bem recebido desde que seja baseado em critérios fundamentados e argumentos contundentes. Infelizmente não foi o caso.

O autor inicia seu ataque ao chamar os torcedores do Flamengo de arrogantes. E realmente são. Só que não são só eles. Ao analisar os hinos e os gritos das torcidas dos quatro maiores times do Rio e dos quatro maiores de São Paulo chega-se à óbvia conclusão de que todos pregam a superioridade e incitam à arrogância. Sem exceção.

Em seguida, atribui à nação rubro-negra a responsabilidade por eleger os “vermes que desgraçam a política nacional”. Espere um pouco, não sou nenhum Oswald de Souza, mas as quatro operações básicas da matemática eu já aprendi. Segundo o jornal Lance (2010), a torcida do Flamengo somava 33,2 milhões de pessoas e de acordo com a Folha (2010) o número de eleitores é de 135,8 milhões de brasileiros. Portanto, mesmo numa situação imaginária e irreal em que todos os flamenguistas combinassem de votar em um só candidato, eles seriam responsáveis por apenas 25% dos votos e não os 50% mais um, necessários para eleger alguém. A prova disso é que o próprio Eurico Miranda já trafegou pela nossa política e, tenho certeza, sem ajuda de nenhum urubu.

Não bastasse a falta de raciocínio lógico, o blogueiro ainda se entrega totalmente à emoção para justificar o injustificável. Ele julga o Flamengo como um “time mediano” esquecendo das conquistas recentes (campeão da Taça Rio deste ano e penúltimo campeão brasileiro), além dos gloriosos e intermináveis títulos do passado. E o pior, quer retirar do futebol toda a graça e rivalidade que o esporte proporciona. “Secar” o time adversário faz parte sim. Zoar com o time derrotado é do futebol. É algo inerente à história deste esporte e é praticado por todos os times. Então, autor, desfaça essa cara de choro, porque isso é assim e vai continuar sendo. É só seu time ganhar alguma coisa que você deixará de ser zoado e seu time deixará de ser secado. Simples assim.

Me perdoe, prezado autor, mas ao contrário da introdução do seu artigo, você foi ridículo sim. E o prazer é meu.


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Dois mundos

12:41 by Bruno Godinho

Existem dois mundos: o mundo que existe e o mundo em que existo.

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Um caso a se pensar.

07:49 by Bruno Godinho


Por acaso, caso ou não caso?
Até toparia o matrimônio e o manicômio caso valham a pena.
Pena tenho daqueles que casam por casar.
Sou do tipo que casa pra causar.
Causar delírio, ocasionar paixão.
Apaixonar loucamente, enlouquecer de repente.
Casar e acasalar até que o último suspiro mantenha o vigor do primeiro.
Experimentar. Apimentar.
Sem coisas mornas. Chochas. Sem mais, sem menos.
Casamento mais ou menos? Não caso.

Quero provocar o amor, estancar a dor.
Tocar o ódio, mergulhar no ópio.
Quero. Te quero. Tá quente.
O bom é o fogo, a pimenta. É o que queima, o que arde.
Caso com o calor. Ô calor!
Pra sentir frio sigo sozinho. Testando chama por chama.
Me chama?
Não aquece, eu sei. Ah, nem esquenta, é só um caso!
Caso?

Feche os olhos e sinta o fogo que arde sem se ver. Só assim me verá.
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma tempestade. Depende de quando e como você me vê passar.
Passar a vida esperando o tempo mudar? Passo (a vez), repasso, pago, mas não aguardo.
Guardo a vontade e fico à vontade. Sempre em guarda.
O vulcão guarda em si uma força imensa e ele não dorme. Desca(n)sa.
Cansei da faísca. Casarei com a fornalha.
Não por acaso, sigo solteiro.
Caso ou não caso?
Caso valha a pena, caso.

 





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Ca(n)sei

09:11 by Bruno Godinho








Cansei
de ser sexy
de ser sério
de ser sênior

de ser nerd
de ser nude
de ser not

de ser riso
de ser rico
de ser rima

de ser fácil
de ser foice
de ser forte

Cansei.
de (s) cansar
Cansei. 
Casei.

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7 anos de azar

09:24 by Bruno Godinho

Vaidade.
Vá, vai.
Vai, idade.

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Nada ao meio

09:06 by Bruno Godinho

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Prazeres Inenarráveis

12:14 by Bruno Godinho

O chá quente no frio
O pão para a fome
O carinho gostoso, arrepio
A mulher para o homem

Tirar da bexiga o aperto
O salário pra pagar a conta
Fazer tudo que se tem direito
Andar feito barata tonta

Amar loucamente
Fazer um gol de placa
Viver sorridente
Não fechar a matraca

Fazer um amigo novo
Dançar sem pisar o pé
No aniversário jogar ovo
Encher a cara de mé

Tirar a pedra do sapato
Ser promovido
Correr pelo mato
Tocar de ouvido

Voltar a ser criança
Amanhecer na festa
Encher a pança
Depois tirar uma sesta

Montar a cavalo
Abraçar a vó
Ganhar no baralho
Não se sentir só

Chorar de alegria
Agradecer ao santo
Morar na Bahia
Sair do canto

Fazer o que vier na mente
Até coisas improváveis
Falar tudo que sente
São prazeres inenarráveis

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Feliz é quem escreve

07:45 by Bruno Godinho

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Polêmica vende?

06:23 by Bruno Godinho

Polêmica vende? É melhor adotar uma postura mais agressiva em relação aos concorrentes ou a publicidade meramente institucional/informativa ainda é uma alternativa mais plausível?

As respostas a estas perguntas seriam diferentes para cada anunciante, produto e momento. Cada caso é um caso (e vice-versa). O fato é que, desde que a Nissan adotou uma postura de guerrilha, houve um aumento significativo de vendas e uma maior participação de mercado. Trabalhei tempos atrás em uma agência que atendia as concessionárias Nissan e que seguia o alinhamento das campanhas "morninhas" da TBWA, antiga detentora da conta nacional da marca. Hoje, com as campanhas da Lew Lara, a história é outra: filmes polêmicos que foram retirados do ar, grande buzz nas redes sociais, muito humor e altas vendas.

Abaixo seguem os filmes “proibidos” da Nissan e o anúncio (também censurado) que aponta o desempenho da montadora.

Nissan Tida – Rappers





Nissan Frontier – Agroboys




Nissan Livina – Mira




Nissan Livina – Desculpas




Anúncio - Polêmica



Nissan - Pôneis Malditos





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Diferenças semelhantes

19:40 by Bruno Godinho


Tem gente que não gosta, não entende, que não sente.
Gente que só bosta, que só mente, só se vende.
Gente que só fossa, deprimente, assim tende.

Prefiro ser bossa, indecente, muito quente.
Há quem diga que eu não possa, crente, nem tente.
Minha vida é preciosa, excelente, sempre à frente.
Sou do tipo que não coça, diferente dessa gente.

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Volta, lambada

17:28 by Bruno Godinho

Não faz muito tempo, mas dizem as más línguas (nunca as boas) que era comum ver em forma de adesivos ou pichações a frase “Saudades do Figueiredo e da gonorréia” numa evidente crítica ao governo pós-ditatorial e à proliferação maciça da AIDS.
 João Figueiredo, militar, 30º Presidente do Brasil


Que a ditadura militar torturou a democracia, calou a liberdade de expressão, matou o bom senso e desapareceu com nossa dignidade todo mundo sabe. O que nem todos reconhecem são os pontos positivos dessa autoflagelação social.

Motivados pela censura, jovens caetanos, gils, chicos, tons, mutantes, novos e velhos baianos se desdobravam para emplacar hits que tivessem mais que a aceitação popular. Precisavam do aval do DCDP - Divisão da Censura de Diversões Públicas. Astutos e incansáveis, esses artistas dedilhavam prosopopéias, ritmavam metáforas e solavam trocadilhos que este autor jamais será capaz de escrever. Um tempo de conteúdo farto e rimas ricas. Bons tempos.

 Capa do álbum de Tom Zé, que em plena ditadura retratou o close de um ânus com uma bola de gude.

Sei que novas canções à altura daquelas dificilmente vão adentrar nossos WalkmanPods e que provavelmente outros hinos da música popular brasileira provavelmente não serão mais compostos. São outros tempos, outros ouvidos. Vão os anéis, ficam os dedos.

Sei também que seria muita pretensão da minha parte sentir saudades da ditadura, da gonorréia ou mesmo da Amélia - coisas que nunca tive, situações que nunca vivi.  E que não adiantaria pedir a volta da genialidade dos nossos artistas, mas diante das bestrofes e futilindezas que dominam o carnaval já estaríamos no lucro se retornasse um ritmo que embalou os anos 80 e que, se comparado aos "sucessos" de hoje, dos males é o menor: a lambada. 


Torço para que ela volte adocicando nossos ouvidos, nem que seja reencarnada no corpo de um comercial de cerveja.


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