Isso que é som automotivo

19:50 by Bruno Godinho

Não costumo falar de publicidade neste blog, já basta passar o dia inteiro respirando briefing e transpirando propaganda, mas resolvi abrir uma exceção em fá sustenido com sétima e nona.

Em homenagem ao Dia do Músico (22 de novembro), selecionei 5 comerciais de automóveis com trilhas sonoras fantásticas. Detalhe: todos veiculados este ano.

Aumente o som e pé na tábua!


Toyota SW4






Space Fox



Pajero TR4




Ford Fusion



Peugeot - Zero Grau

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As mulheres grandes são as grandes mulheres

12:07 by Bruno Godinho

Eis que o consagrado jornalista Javier Godinho (que, diga-se de passagem, não é meu parente, mesmo carregando sobrenome idêntico) passa cantarolando uma marchinha de carnaval dos anos 50. Não resisti e compartilho aqui com vocês a letra:


“As mulheres grandes são as grandes mulheres,
são elas que os homens preferem.
O tipo médio, meu amigo, ainda passa.
Mulher pequena, eu não quero nem de graça.


Tereza tem um metro e quarenta,
Maria tem um metro e sessenta,
porém, a mulher que me tenta
é a de um metro e noventa!”


Ou não. rs

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SEM MEDO

20:46 by Bruno Godinho


Criança é um ser engraçado. Sincera como nenhum adulto jamais será, curiosa como mulher alguma chegará a ser e mais corajosa como qualquer brutucu do cinema um dia pensou em interpretar. Um bebê vai ao encontro de um pitbul como quem procura um brinquedo de pelúcia e se arrisca a escalar locais altos e inóspitos como se estivesse apenas subindo o meio fio. Se nascemos tão corajosos, de onde vem o medo?

Medo de abrir o coração, de não se mostrar forte, de mostrar que temos medo, de confessar que ficar sozinho não é bom, de ser julgado, de ser condenado. Medo de parecer idiota quando contamos o que está fazendo ficar tão pensativos, de contar praquele alguém o quanto faz falta, medo de ser intenso, de ser extenso¹. Receio de ser bobo, de acreditar em finais felizes, de se convencer que a balada resolve e de tentar crer que um aperto de mãos no cinema não fazer falta. Medo. Me dói.

A partir desse Dia das Crianças, convido você, leitor (oi mãe), a retornar à infância e recuperar a coragem perdida. Aquela que guardamos lá no fundo e que não usamos há tempos.

Hoje dirijo minha vida a mil por hora e sigo sem medo de esperar por alguém, sem medo de saber que quando alguém ler isso irá dizer “as coisas não são bem assim”, sem medo de me entregar, sem medo da normalidade, sem medo de acreditar em finais felizes, sem medo de parecer idiota quando as palavras saltam da boca, enfim, sem medo de ser feliz, sem medo de viver.

É assim que piloto minha vida. Sem nenhum medo, me dou. Você tem coragem suficiente para me acompanhar?


1 - Em alguns casos "extenso" pode significar "alto"

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Auto Psicografia

20:22 by Bruno Godinho


Estamos sempre a procura de algo. Mas espera aí, o que procurar se eu não perdi nada? Não perdi amigos, não perdi família, não perdi amor, nunca perdi. Apenas pedi para que não tivesse mais nada disso enquanto procurava por isso tudo.

A cada chamada não atendida, a cada visita não realizada, a cada bolo dado e a cada “oi” seco eu não ia deixando de lado quem estava ao meu lado, e sim, deixando a mim mesmo. Me deixei levar pelo trabalho, pelo cotidiano, pelo fantasma. Ah, esse fantasma que insiste em puxar meu pé toda a noite. Ou será que sou eu pegando no pé dele? Certo dia passei por uma vitrine e no reflexo vi outra pessoa. E que pessoa! Um exemplo a ser seguido. Um exemplar que segui e que me seguiu e que segui e que me seguiu e que cedi. Hoje sou tudo que queria ser. Tudo o que sonhava ser: apenas um sonho. Que pesadelo!

Vazio, volátil, voraz, me sinto realizado. Sou a imagem que projetei, imaginem! Desfiz de tudo que tinha só para ser alguém. Desfiz de tudo que não tinha só para ter alguém. Me desfiz. Agora, desmaterializado em mim mesmo já não procuro mais ser, já não procuro mais ter. Como todo fantasma, como todo sonho, o que vale é parecer. Parecer real, parecer verídico, aparecer. Quem sabe com uma nova aparência eu não consiga me mostrar de outra forma: formatado. Em forma. Matado.

Um dia apareço, padeço e quem sabe mereço meu próprio apreço. Mesmo que pague um novo preço. Só isso que peço, como anteriormente pedi e perdi. Perdi? Então vou à procura enquanto me contento em parecer ser feliz. E vou pela sombra.

                                                                                               

                                                                                           Assombração.

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Lugar de ser feliz não é supermercado

06:10 by Bruno Godinho

Zeca Baleiro que me desculpe, mas tive que o parafrasear. Copiar. Repetir. Reproduzir. Xerocar. Duplicar. Transcrever. Imitar. Plagiar. Ou como dizem no meio publicitário, uma “chupada” mesmo. Tudo isso para me unir a alguns dos meus colegas da propaganda que optaram por não ser originais.




É cada vez mais comum ver na hora do plim-plim anúncios que relacionam a aquisição de algum bem com o próprio bem-estar de quem o adquire. Até aí nenhuma novidade. Isso ocorre desde que o mundo é mundo, desde que a propaganda se confunde com a publicidade e desde que Adão tirou onda com Eva dizendo: “Eu tenho uma maçã, você não.” É a publicidade utilizando a satisfação das necessidades (ou das pseudo-necessidades) para promover o consumo.


Não quero aqui discutir os pós e contras desta profissão, tampouco as características culturais que levam nossa sociedade a praticar tais hábitos. Não mesmo. A preocupação é com a forma como isso ocorre. Deixaram de lado a sutileza, inibiram as entrelinhas e deram um direto de direita no subliminar. Direto? Mais direto impossível, vejo a toda hora:

“Óticas Diniz, lugar de gente feliz”. E eu pensava que lá era lugar de óculos.

“O que faz você feliz?”. Bom, no Pão de Açúcar absolutamente nada.

“Vem ser feliz”. Ah tá! Desde quando visita ao Magazine Luiza é anti-depressivo?


Cá entre nós, ninguém é bobo o suficiente pra achar que será mais feliz com o carrinho de compras cheio. Bom... quer dizer... até somos, mas se for para persuadir, que façam com o mínimo de destreza e o máximo de originalidade.


Afinal, se o Buriti Shopping tem “Tudo para você ser feliz” quero de volta um familiar falecido, um amor verdadeiro, a cura para minha dor nas costas e o perdão de quem um dia eu magoei. E quero em 18 vezes sem juros. Isso sim me deixaria feliz.

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