EM OFF

05:59 by Bruno Godinho


Não há de tirar foto da lancha e nem do lanche.
Não quero o biquinho de ostentação, nem os dedos em “V” de uma falsa vitória.
Comigo é olho no olho, sangue quente.
E se tiver que curtir algo, que seja pessoalmente.
Porque não tô nem aí pra fazer o social numa rede social.
A vida acontece é aqui fora. A vida acontece é agora.
Larga este celular e pega na minha mão.
Esquece o emoticon e mostre a sua verdadeira emoção.
Dê um sorriso, um grito, estravasse!
O SMS que vai mandar pode não chegar.
O Tweet pode não ser lido.
E o texto tão bem feito retirado do livro de autoajuda pode passar batido.
Agora, sua fala, essa ninguém cala.
Bote a boca no trombone, no mundo, na minha.
Tire esse fone e ouça o que digo:
A bateria do celular um dia pode acabar. A sua não.
A bateria do celular um dia pode acabar... comigo.

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JOGO DE AZAR

18:18 by Bruno Godinho


O que vicia no jogo dessa vida
é que em meio a tanta gente perdida
há uma multidão querendo se encontrar
Embaralhadas em vão, basta procurar.

Me virei, revirei, dei as cartas, procurei e cadê?
Ás, dez, valete, rei. Dê as caras, onde está você?
Aposto todas as fichas, arrisco tudo num all in
Ao posto numa rincha, arisco, e não vem nada a mim.

Ao perdedor só resta a ilusão, a fantasia.
Ao vencedor, festa, paixão e poesia.
Quem dera sentir a metade do amor deste poeta.
Já que é covarde a dor que o jogo me oferta.


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Amor Cego

16:11 by Bruno Godinho


__ Venha!
__ Vou, mas vou de olhos fechados.
__ Por quê? Tem medo de ver a verdade?
__ Não. Tenho receio de que você veja a minha verdade.

Beijos incessantes no escurinho.

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