01:03 by Bruno Godinho

Tenho motivos suficientes para crer que estamos passando por um processo de idiotização da humanidade. Mesmo com tantos recursos educacionais e tecnológicos e mesmo com um maior tempo de aprendizagem estamos cada vez mais inocentes e imaturos. A impressão que dá é que a capacidade de raciocínio lógico foi perdida. Estabelecer uma relação simplea de causa e efeito é agora uma tarefa árdua.
Talvez os governantes estejam satisfeitos com a nossa capacidade limitada do pensar. Talvez o povo esteja satisfeito com isso. Assim, não há responsabilidade direta da população incapaz. Seríamos espectadores da nossa própria desgraça?  Enfermos acéfalos esperando o milagre divino? Sonolentos zumbis amantes do comportamento reflexo? Quem ainda conseguir pensar me responda.

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A semana do tamanho do seu sorriso

01:02 by Bruno Godinho

Um sorriso para terminar uma semana grande
e dar início a uma grande semana.

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Prazo de Validade

01:00 by Bruno Godinho

O tempo não para.
O tempo não descansa.
Se ele que é eterno não se dá ao luxo de ficar quieto, por que nós vamos?

Somos perecíveis ao tempo.
Principalmente ao tempo perdido.

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Só lição

00:58 by Bruno Godinho

Há quem questiona o sorriso largo, o bom humor matinal e o otimismo permanente. Tudo bem. Sigo pensando positivamente, olhando mais as soluções do que os problemas. E alerto: cuidado com as pessoas negativas. Evite-as, porque elas sempre tem um problema para cada solução.

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cai água

00:57 by Bruno Godinho

Chove lá fora.
Troveja em mim.

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Guerra

16:28 by Bruno Godinho

Se tem soldados, eu sou exército.
Se jogam os cães, chamo a matilha.
Se tem bombas, os faço Hiroshima.
Se me queimam, eu os incinero.
Se mordem, os despedaço ao meio.
Se envenenam, eu sou tóxico.
Se usam facas, pego a katana.
Se querem guerra, sou todo amor.

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O lado de lá

15:55 by Bruno Godinho

Espero sim
que me mande um sim.

Longe do abismo
entre a indiferença e o otimismo
um lado é  positivo
e o outro é só sorriso.

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Singular-Plural

05:47 by Bruno Godinho

Vou
Fazer o que eu fácil
Agir como eu ágil
Pensar como eu tenso
Andar onde eu anjo

Para
Vir o que nós vinho
Ser o que nós sonhos
Caminhar pelo carinho
Dançar como nós tango

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Tenso

16:51 by Bruno Godinho

Mais intenso que extenso.
Meu porte avantajado é pequeno diante do ser que vive aqui.
Um anjo e um monstro.
Num duelo sem fim.

Num duelo em mim.

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D (r) ama

09:56 by Bruno Godinho

Uma dama.
Um drama
pra quem ama.

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Encontros e Desencontros

09:54 by Bruno Godinho

De repente
a gente encontra alguém
que faz
a gente se desencontrar

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Dôo. Perdôo.

09:53 by Bruno Godinho

Às vezes me perguntam por que aturo certas pessoas, situações e dificuldades quando eu poderia simplesmente deixar pra lá. A resposta é bem simples: tento exercitar a tolerância e o perdão.

Se eu não conseguir relevar e perdoar os atos às vezes ofensivos das pessoas mais próximas, quando conseguirei fazer isso com as mais distantes e com os inimigos?

De nada adianta ir à missa aos domingos e não exercitar o perdão, a tolerância e a caridade durante a semana.

Me dôo. Te perdôo.
E a todos que um dia magoei, peço perdão.

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Cabeça de Papel

07:48 by Bruno Godinho

Enquanto a cabeça busca sentido
Todo o restante busca sentir.

Sentir o calor da pele
O cheiro da chuva
O gosto do pão
O vento do mar
O pelo do cão
O perfume da flor
A brisa no céu
O sabor do mel
O calor do sol

O cheiro da brisa
O perfume do vento
O gosto do calor
O sabor do pelo

A chuva.
O mar.
O sol.
O céu.
A flor.
O mel.
O pão.
O cão.

Para o comandante coração:
Marcha soldado, cabeça de papel.
Sentido!

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Gente

07:42 by Bruno Godinho

Não é a música, não é o ambiente.
Não se trata da comida, da bebida, tampouco do luxo. 
Gosto mesmo é de gente. 
Gente bonita, gente com orelha de abano. 
Gente normal, gente esquisita. 
Gente humilde, gente que se acha acima da gente.
Gente feliz, gente problema.
Gente parecida, gente diferente, gente indiferente.
Gente batuque, gente batente.
Gente.
Bom mesmo é ter gente, ver gente, viver gente.

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ONDE?

02:29 by Bruno Godinho

Busquei por ti, não encontrei.
Quem sabe na próxima esquina.

Quem sabe na próxima rima.

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ECLIPSE LUNAR

02:28 by Bruno Godinho

De nada adianta buscar o sol à noite
Ele não brilhará.
Ele não brilhará.
Ele não brilhará.

Você não brilhará.

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ENCEFALIA

02:27 by Bruno Godinho

Morte cerebral é como amar.
Nada mais faz sentido. Só se sente.
Morte cerebral é como amar.

Nada mais faz sentido.

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ALI(NHA)MENTO

02:27 by Bruno Godinho

Em marte não há problemas.
Não há intriga.
Não há briga.
Não há dilemas.

Em marte não existem dores.
Não existem ciúmes.
Não existem chorumes.
Não existem dissabores.


Todos esperam que marte se alinhe com vênus.

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PERCEPÇÃO

02:26 by Bruno Godinho

Não existe o que se resiste.

Que triste.

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IN VERSO

02:25 by Bruno Godinho

Nada poderá convencer de que seus versos
São inversos do que pensa.
Que suas ideias são legais,

Mas distantes de serem seus ideais.

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IA TO

02:25 by Bruno Godinho

De todas as formas de expressão
a escrita é a mais sorrateira.
Os pingos nos “is” mascaram
o que nas entrelinhas não se lê.

Não se mente com os olhos.
Não se engana com os gestos.
Não se ilude com o timbre de voz.

Agora, entre ditongos e hiatos
A verdade se maquia
na serifa daquela palavra tão

bonita.

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O AMOR AINDA VALE A PENA

02:24 by Bruno Godinho

Apesar da dor
Apesar do desgaste
Apesar do convívio
Apesar das diferenças
Apesar da família
O amor ainda vale a pena

A pesar de você.

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SIRENE

02:23 by Bruno Godinho

Pela janela ouvia a sirene tocar
Mais um detento?
Mais um defunto?
Mais um moribundo?
Mais um presunto?
E mais uma vez a sirene tocava.
Não morava próximo a um hospital
Não residia perto de uma delegacia
Mesmo assim, a sirene não parava de tocar
Pela janela da viatura via
Nas casas, parques e sinaleiros
Detentos, defuntos, moribundos, presuntos

Pessoas que sequer ouviam a sirene tocar.

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