Rebelião íntima

04:57 by Bruno Godinho

Me rebelo e revelo quem realmente sou.
Velo os restos de quem um dia fui.
Relevo qualquer mágoa do passado.
Celo um contrato com o futuro.
Um elo entre quem era, quem sou e quem jamais serei.
Só assim estarei livre pra ser quem quiser.
Do belo ao fera.
Por mim ou para ela.

Posted in | 1 Comments

Faça humor, não faça guerra

09:17 by Bruno Godinho

Não sou humorista, mas tenho um senso de humor apurado e acompanho os programas de comédia desde sempre e por isso mesmo não entendo as críticas ao caso Rafinha Bastos.

Nos Trapalhões, o Didi vivia chamando o Mussum de Tizil e fazendo piadas racistas. Também insinuava que o Dedé era gay. O Costinha era mestre nas piadinhas de “bichas” e o Chico Anysio, entre outras, fazia uma velha cujo bordão era “Um boquete e um copo d’água não se nega a ninguém”. O Sérgio Mallandro humilhava as crianças naquela Porta dos Desesperados e o Ary Toledo soltava sempre piadas de Joãozinho em que o personagem comia a amiguinha e a professora, ou o pai comia a empregada... Ainda posso passar o dia citando as tortas na cara, as pegadinhas e coisas do gênero.

Enfim, o politicamente incorreto sempre esteve impregnado em nosso humor. Por que isso causa alarde agora?! Fomos criados na época em que isso era normal e nada era considerado “bullying” . Mesmo assim, pasmem, todos nós sobrevivemos.

E outra, trata-se de uma situação visivelmente caricata, em momento algum fazendo menção à pedofilia ou algo do tipo. Como disse antes, é humor negro e pronto (no caso do Mussum, literalmente).

Pior que criticar o humor negro é só não ver cor nenhuma no humor. E vou além, temos coisas mais importantes pra preocupar, como a criação/aumento de impostos, o coronelismo do Sarney e outras piadas de mal gosto da nossa política.

Leia mais sobre isso no: http://leituratoa.blogspot.com/2011/05/no-twitter-em-busca-da-piada-perfeita.html

E acompanhe mais piadas (inclusive de humor negro afrodescendente) no meu Twitter: @tibrao

Posted in | 1 Comments