Ridículo, com prazer.

10:21 by Bruno Godinho

A única coisa que posso garantir para vocês, caros leitores, é que tento ao máximo ser ridículo. Sim, ridículo a ponto de fazer o que gosto, de dizer o que penso e de pensar o que quero, mas dessa vez vou abrir uma exceção e ser mais criterioso nesta resposta, já que o autor do texto a que me refiro abaixo não foi.

Recentemente, foi publicado no blogols um texto sobre “A arte de ser ridículo” cujo objetivo principal era criticar o Flamengo, os flamenguistas e quaisquer outros simpatizantes ao time rubro-negro do Rio. Até aí, tudo bem. Toda crítica é bem aceita, todo comentário (positivo ou não) é bem recebido desde que seja baseado em critérios fundamentados e argumentos contundentes. Infelizmente não foi o caso.

O autor inicia seu ataque ao chamar os torcedores do Flamengo de arrogantes. E realmente são. Só que não são só eles. Ao analisar os hinos e os gritos das torcidas dos quatro maiores times do Rio e dos quatro maiores de São Paulo chega-se à óbvia conclusão de que todos pregam a superioridade e incitam à arrogância. Sem exceção.

Em seguida, atribui à nação rubro-negra a responsabilidade por eleger os “vermes que desgraçam a política nacional”. Espere um pouco, não sou nenhum Oswald de Souza, mas as quatro operações básicas da matemática eu já aprendi. Segundo o jornal Lance (2010), a torcida do Flamengo somava 33,2 milhões de pessoas e de acordo com a Folha (2010) o número de eleitores é de 135,8 milhões de brasileiros. Portanto, mesmo numa situação imaginária e irreal em que todos os flamenguistas combinassem de votar em um só candidato, eles seriam responsáveis por apenas 25% dos votos e não os 50% mais um, necessários para eleger alguém. A prova disso é que o próprio Eurico Miranda já trafegou pela nossa política e, tenho certeza, sem ajuda de nenhum urubu.

Não bastasse a falta de raciocínio lógico, o blogueiro ainda se entrega totalmente à emoção para justificar o injustificável. Ele julga o Flamengo como um “time mediano” esquecendo das conquistas recentes (campeão da Taça Rio deste ano e penúltimo campeão brasileiro), além dos gloriosos e intermináveis títulos do passado. E o pior, quer retirar do futebol toda a graça e rivalidade que o esporte proporciona. “Secar” o time adversário faz parte sim. Zoar com o time derrotado é do futebol. É algo inerente à história deste esporte e é praticado por todos os times. Então, autor, desfaça essa cara de choro, porque isso é assim e vai continuar sendo. É só seu time ganhar alguma coisa que você deixará de ser zoado e seu time deixará de ser secado. Simples assim.

Me perdoe, prezado autor, mas ao contrário da introdução do seu artigo, você foi ridículo sim. E o prazer é meu.


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Dois mundos

12:41 by Bruno Godinho

Existem dois mundos: o mundo que existe e o mundo em que existo.

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Um caso a se pensar.

07:49 by Bruno Godinho


Por acaso, caso ou não caso?
Até toparia o matrimônio e o manicômio caso valham a pena.
Pena tenho daqueles que casam por casar.
Sou do tipo que casa pra causar.
Causar delírio, ocasionar paixão.
Apaixonar loucamente, enlouquecer de repente.
Casar e acasalar até que o último suspiro mantenha o vigor do primeiro.
Experimentar. Apimentar.
Sem coisas mornas. Chochas. Sem mais, sem menos.
Casamento mais ou menos? Não caso.

Quero provocar o amor, estancar a dor.
Tocar o ódio, mergulhar no ópio.
Quero. Te quero. Tá quente.
O bom é o fogo, a pimenta. É o que queima, o que arde.
Caso com o calor. Ô calor!
Pra sentir frio sigo sozinho. Testando chama por chama.
Me chama?
Não aquece, eu sei. Ah, nem esquenta, é só um caso!
Caso?

Feche os olhos e sinta o fogo que arde sem se ver. Só assim me verá.
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma tempestade. Depende de quando e como você me vê passar.
Passar a vida esperando o tempo mudar? Passo (a vez), repasso, pago, mas não aguardo.
Guardo a vontade e fico à vontade. Sempre em guarda.
O vulcão guarda em si uma força imensa e ele não dorme. Desca(n)sa.
Cansei da faísca. Casarei com a fornalha.
Não por acaso, sigo solteiro.
Caso ou não caso?
Caso valha a pena, caso.

 





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Ca(n)sei

09:11 by Bruno Godinho








Cansei
de ser sexy
de ser sério
de ser sênior

de ser nerd
de ser nude
de ser not

de ser riso
de ser rico
de ser rima

de ser fácil
de ser foice
de ser forte

Cansei.
de (s) cansar
Cansei. 
Casei.

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7 anos de azar

09:24 by Bruno Godinho

Vaidade.
Vá, vai.
Vai, idade.

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Nada ao meio

09:06 by Bruno Godinho

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Prazeres Inenarráveis

12:14 by Bruno Godinho

O chá quente no frio
O pão para a fome
O carinho gostoso, arrepio
A mulher para o homem

Tirar da bexiga o aperto
O salário pra pagar a conta
Fazer tudo que se tem direito
Andar feito barata tonta

Amar loucamente
Fazer um gol de placa
Viver sorridente
Não fechar a matraca

Fazer um amigo novo
Dançar sem pisar o pé
No aniversário jogar ovo
Encher a cara de mé

Tirar a pedra do sapato
Ser promovido
Correr pelo mato
Tocar de ouvido

Voltar a ser criança
Amanhecer na festa
Encher a pança
Depois tirar uma sesta

Montar a cavalo
Abraçar a vó
Ganhar no baralho
Não se sentir só

Chorar de alegria
Agradecer ao santo
Morar na Bahia
Sair do canto

Fazer o que vier na mente
Até coisas improváveis
Falar tudo que sente
São prazeres inenarráveis

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Feliz é quem escreve

07:45 by Bruno Godinho

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Polêmica vende?

06:23 by Bruno Godinho

Polêmica vende? É melhor adotar uma postura mais agressiva em relação aos concorrentes ou a publicidade meramente institucional/informativa ainda é uma alternativa mais plausível?

As respostas a estas perguntas seriam diferentes para cada anunciante, produto e momento. Cada caso é um caso (e vice-versa). O fato é que, desde que a Nissan adotou uma postura de guerrilha, houve um aumento significativo de vendas e uma maior participação de mercado. Trabalhei tempos atrás em uma agência que atendia as concessionárias Nissan e que seguia o alinhamento das campanhas "morninhas" da TBWA, antiga detentora da conta nacional da marca. Hoje, com as campanhas da Lew Lara, a história é outra: filmes polêmicos que foram retirados do ar, grande buzz nas redes sociais, muito humor e altas vendas.

Abaixo seguem os filmes “proibidos” da Nissan e o anúncio (também censurado) que aponta o desempenho da montadora.

Nissan Tida – Rappers





Nissan Frontier – Agroboys




Nissan Livina – Mira




Nissan Livina – Desculpas




Anúncio - Polêmica



Nissan - Pôneis Malditos





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