Abri os olhos. E tudo em que acreditava não existe mais. Nem
a dor, nem o amor. Nem a amizade, nem a verdade. Nem as cores, os cheiros, os
sabores e os dissabores.
As coisas só existem e ponto. Apenas existem. Todo o resto
era fantasia minha.
Eu quem botava o vermelho no batom da moça e o açúcar no néctar
do mamão. Era eu quem via sofrimento quando o time perdia, quando perdia alguém
ou quando me perdia. Fui eu quem relacionava o sorriso à piada e o otimismo à
rotina. Sim, eu fui o culpado.
As coisas que existem só estão ali. Todo o resto foi por
minha conta: Sentimentos, sensações, tudo obra da minha imaginação. Agora, com
os olhos bem abertos vejo o mundo como ele realmente é.
E é por isso que os manterei fechados para sempre.
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