Agora entendo os suspiros na janela, olhando a noite à noite
toda. Admirando a noite que era dela. Nunca se sentira livre ali. Nunca achara
aquele o seu lugar. Olhava ao longe e voava em pensamento se perguntando se o
lado de cá do vidro era uma prisão. Nada lhe faltava. Nem arroz, nem amor. Mas
isso tudo era pouco. Ela queria bater asas. Planar sob o sol e se pudesse até
sobre o sol.
Já que não mais se ouvia seu canto, tampouco precisaria escutar
o pranto. Pronto.
Ao quebrar a gaiola não lhe tirei sua casa. Lhe dei o mundo.
Voa! Vá! Viva!
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