O que me dói não é a bala que fura o peito e atinge as
entranhas.
É o buraco da bala que furou o peito e atingiu as entranhas.
Não pelas entranhas atingidas pela bala que furou o peito.
E tampouco pelo peito furado pela bala que atingiu as
entranhas.
O que dói é o buraco.
O vazio.
O oco.
Esse vácuo no peito.
A cicatriz que não fecha.
O espaço que não diminui.
A dor que não cessa.
Aí, bala, peito, entranhas... nada mais importa.
Só restou o buraco.
Só restou o nada.
Como dói.
0 comentários:
Postar um comentário