Carência 3.0
09:28 by Bruno Godinho
Podem chamar de Era de Aquários, novos tempos ou do que quiserem. Eu chamo de Carência 3.0 e ponto. Me refiro pura e simplesmente à “necessidade” de compartilhar tudo. Antes da inclusão digital, isso estava restrito apenas aos cabeleireiros, às fofoqueiras e aos desempregados, mas agora esta aí nas redes sociais pra quem quiser ver. A pergunta é: e quem quer ver?
Onde você está ou que você está pensando, fazendo, fotografando, trabalhando e sonhando não interessa a mais que meia dúzia de pessoas e olhe lá. Mesmo assim cada vez aumenta o número de fotos de pratos de comida, frases feitas e visitas a lugares comuns publicados na rede. Ah, vai ver se eu fiz check in lá na esquina.
Sou do tempo em que arroba era unidade de medida de gado e não de besteirol e que cutucada era uma coisa muito mais interessante, se é que vocês me entendem. Se sou contra as redes sociais? Muito pelo contrário. Sou um hard user de todas. Tenho mais redes sociais que amigos, mais fotos que poses e mais frases que conteúdo. Acredito também no enorme poder que esses veículos tem em dar voz pra quem antes não a tinha. Só não aprovo os motivos que levam os usuários a soltar a voz. É válido lembrar que a internet é o meio e não o fim. Se for pra compartilhar algo, que o faça com alguém (que até pode estar na internet), mas nunca só com a internet. Isso é o mesmo que colocar uma carta dentro da garrafa e atirá-la ao mar. O máximo que você vai conseguir é gerar lixo.
Muito mais que trocar experiência, os usuários buscam somente falar de si. Não importa o quê e não interessa pra quem. Falam o que pensam, o que sentem, o que fazem e pronto, como se a rede fosse um confessionário ou um divã. É tanta geração Y, X e Z que me dá saudade mesmo da geração DDT. Aquela que, às dezoito horas via sua casa infestada de insetos sanguessugas e ia dedetizar o ambiente, obrigando os moradores humanos a esperar do lado de fora o efeito nocivo do veneno passar. Eram bons tempos, em que todos os vizinhos sentados à frente de suas casas perguntavam olhando nos olhos uns dos outros: Como você está? O que está acontecendo? No que você está pensando agora?
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Por um mundo, mude.
19:35 by Bruno Godinho
Por um mundo com menos Faces e mais Books.
Com menos Judas e mais ajuda.
Por um mundo mais simpático, menos apático
onde reine a imaginação e impere a ação.
Por dias ainda mais supers e noites muito menos superficiais
com menos redes e mais relacionamentos.
Por dias ainda mais supers e noites muito menos superficiais
com menos redes e mais relacionamentos.
Por um mundo menos imundo, menos mudo.
Se quer um mundo melhor, melhore você.
Por um mundo, mude.
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Nissan no páreo
09:32 by Bruno Godinho
Aplaudida pelo público, aclamada pela crítica e invejada por publicitários, a campanha “Pôneis Malditos” da Nissan realmente deu o que falar e se tornou um case de sucesso da marca. Isso todo mundo já sabe, mas juntamente com o buzz gerado,veio a tona uma outra discussão: até que ponto o filme comunica com seu público-alvo e, mais do que isso, ele conseguiu cumprir o papel de uma propaganda de varejo que é, obviamente, vender? A resposta veio à galope.
Bastante citada no 18º Festival Internacional de Publicidade de Gramado, a campanha foi relacionada a um sucesso também em vendas, fato comprovado pela última revista Veja . Na revista Meio & Mensagem desta semana, a Nissan vigora pela primeira vez como dona de uma das propagandas mais lembradas do mês de julho ao lado de anunciantes que tem muito mais recursos , como a Casas Bahia, Skol e Coca-Cola.
O fato é que uma campanha criativa, com alto poder de viralização, humor inteligente, música marcante (pra não dizer chiclete) e que utiliza elementos que proporcionam um maior engajamento do público-alvo além de fazer muito barulho, dá resultado. Mesmo assim, ainda tem muita agência e anunciante por aí com “nojinho” de inovar e ficam pastando.
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Esse ésse
05:21 by Bruno Godinho
Sou do sol.
Sou do Soul.
Sou do sul
e se só,
solteiro,
sou seu.
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Coisas do Sul
05:14 by Bruno Godinho
Onde, das mulheres, os olhares marcantes
alternam entre verdes e azuis.
E com vestes tão elegantes
a enorme beleza reluz.
O sotaque parece um canto,
um encanto que se torna cool.
A expressão "Ba", usada tanto,
E o “você” não substitui o “tu”.
No céu sempre azulado
as andorinhas passeiam e não se vê urubus.
Mesmo com o clima denso e gelado
o Brinco-de-Princesa à fama faz jus.
O frio passa com um mate amargo
e o chocolate quente seduz.
Lá a picanha tem fino trato,
os bifes suculentos, quase crus.
A educação, primorosa,
faz outros estados se sentirem nus.
Uma cultura gloriosa
que faz da escuridão brotar a luz.
Onde o Europeu se sente em casa
e o Americano diz I Love You.
Ande, brasileiro que por aqui passa.
Viva no Rio Grande do Sul.
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