Não quero mais ouvir o barulho da máquina
Nem sentir o frio da faca.
O sangue que passa em minhas veias não é diferente do seu
O ar que enche meus brônquios tampouco.
Mas as veias não são as mesmas. Nem os brônquios.
O que lhe é comida pode-me ser veneno.
O que me é veneno pode lhe ser remédio.
Então retire a faca que cravaste em meu bucho.
Não empunhe mais a palavra que me corta.
Entre meu ventre e suas entranhas.
O vazio
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