19:22 by Bruno Godinho

Somos a consequência exata da nossa inconsequência.

Posted in | 0 Comments

EUs

13:52 by Bruno Godinho

Sou eu.
Sou tantos.
Sou tu, ele, nós,
vós, eles.
Sou pranto.

Posted in | 0 Comments

Preserve Ativo

13:51 by Bruno Godinho

No meu quarto,
o chão travestindo
da minha à sua roupa.

Na minha boca,
o gosto do meu gosto
na sua boca.

Na minha orelha,
o arrepiar das suas coxas,
o beijo nos lábios deixando louca.

Na minha rotina,
o sábado já caiu no domingo.
Saliva, suor, gritaria rouca.

No meu juízo,
nada.

Posted in | 0 Comments

03:03 by Bruno Godinho

A força de um homem não está no que ele faz para conseguir algo, 
mas no que ele precisa deixar de fazer para conseguir.

Posted in | 0 Comments

Raiz

02:56 by Bruno Godinho

Feliz é o sertanejo. Não o arrepiado que se diz sertanejo, mas o sertanejo puro. Aquele que fala das coisas da terra, que vive das coisas da terra, que vê a terra girar e que enterra seus problemas e deles faz brotar uma semente.

Feliz é o sertanejo. Aquele que acorda cedo pra luta, que tem compromisso com a lua e vagueia na velocidade da sua mula.

Feliz é o sertanejo. O grande cantador de moda, inventor de moda, modelo da sua própria rota.
Sertanejo é que é feliz. No Rancho Fundo, na Pirapora, na pororoca, na paçoca ou na roça. Felicidade que vai de uma beira a outra do Araguaia, de um canto ao outro do Serra da Mesa. Felicidade é café fresquinho sobre a mesa, antes e depois do frango ao molho.

Na cidade, sertanejo não posso ser. Faço do Totó meu alazão e da samambaia minha plantação. A lua quase não vejo. Nem ouço o grilo, nem o percevejo.


O sertanejo que é contente. O que vive na fazenda e o que sobrevive dentro da gente. 

Posted in | 0 Comments

Equilíbrio

14:45 by Bruno Godinho

Às vezes dá tudo tão serto,
mas tão serto,
que a gente até erra no português
pra ver se equilibra as coisas.

Posted in | 1 Comments

A FACA

00:38 by Bruno Godinho

Não quero mais ouvir o barulho da máquina
Nem sentir o frio da faca.
O sangue que passa em minhas veias não é diferente do seu
O ar que enche meus brônquios tampouco.
Mas as veias não são as mesmas. Nem os brônquios.
O que lhe é comida pode-me ser veneno.
O que me é veneno pode lhe ser remédio.
Então retire a faca que cravaste em meu bucho.
Não empunhe mais a palavra que me corta.
Entre meu ventre e suas entranhas.

O vazio 

Posted in | 0 Comments

Selfie

00:36 by Bruno Godinho

Ainda bem que estou por aqui.

Eu já estava morrendo de saudades de mim.

Posted in | 0 Comments