Prazeres Inenarráveis

12:14 by Bruno Godinho

O chá quente no frio
O pão para a fome
O carinho gostoso, arrepio
A mulher para o homem

Tirar da bexiga o aperto
O salário pra pagar a conta
Fazer tudo que se tem direito
Andar feito barata tonta

Amar loucamente
Fazer um gol de placa
Viver sorridente
Não fechar a matraca

Fazer um amigo novo
Dançar sem pisar o pé
No aniversário jogar ovo
Encher a cara de mé

Tirar a pedra do sapato
Ser promovido
Correr pelo mato
Tocar de ouvido

Voltar a ser criança
Amanhecer na festa
Encher a pança
Depois tirar uma sesta

Montar a cavalo
Abraçar a vó
Ganhar no baralho
Não se sentir só

Chorar de alegria
Agradecer ao santo
Morar na Bahia
Sair do canto

Fazer o que vier na mente
Até coisas improváveis
Falar tudo que sente
São prazeres inenarráveis

Posted in | 4 Comments

4 comentários:

Moa disse... @ 13 de abril de 2011 às 12:23

Ser o primeiro a comentar é um prazer inenarrável. Ainda mais com um poema tão verdadeiro. Parabéns!

Unknown disse... @ 13 de abril de 2011 às 12:41

Muito bom! Muuuiiiitooo BOM!

Débora Orsida Farias disse... @ 13 de abril de 2011 às 12:49

Adorei.... Coisas simples q enchem a vida de alegria, prazer e paz!

Bruno Godinho disse... @ 15 de abril de 2011 às 07:46

Obrigado, gente. Nunca pensei que um texto tão despretensioso fosse receber tantos elogios. Valeu!

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